sexta-feira, 23 de novembro de 2007

aulas de religião - a criação do universo

Eu pretendo discorrer sobre o principio antrópico versus criacionismo e sobre a zona cachinhos dourados, mas lá na frente. Por ora gostaria de comentar sobre a origem do universo segundo a visão religiosa que me foram passadas nas aulas de religiao na minha infância. Foi assim, Deus criou o universo, em sete dias (que pressa!)e depois descansou no oitavo dia (deve ter sido muito estressante ter criado toda esse universo complexo e toda essa natureza tão cheia de detalhes!). Esse Deus que criou o universo e tudo o que nele existe, incluindo nós, deveria ser um ser muito complexo e ter uma inteligência sobre-humana e sobrenatural.

Como toda criança que passava por aquela lavagem cerebral, Eu temia o todo poderoso, onipotente e onipresente de longas barbas ao ponto de não duvidar de sua existência, porem ninguém me convencia de que o universo havia sido projetado por ele ou por quem quer que seja. Havia em minha visão sim um profundo mistério, e esse era alimentado pelo conflito entre existência versus o nada. A presença de Deus não se encaixava naqueles momentos durante oe efêmeros momentos naqueles dias chuvosos quando algo aconetecia ao olhar para a montanha. Lá não havia Deus. Eu apenas era sobresaltado pelo fato de que existíamos, nós e todo o universo! Mas havia sim o outro lado, o não existir e parecia que eu o havia enxergado. Deus definitivamente tambem não estava lá, não fazia parte daquilo, mas o vazio sim e isso era por demais intrigante, pois como do vazio surgiu tudo isso e porque haveria a existência de existir? E o vazio?

Sobre a questão que todas as criancinhas fazem aos seus professores de religião e que os deixam pasmados " se Deus criou o universo e quem criou Deus? Nunca haverá resposta a essa pertunta vinda dos pequeninos ainda nao contaminados pelo viros da religião. Essa pergunta é profundamente interessante, pois gera o problema insolúvel da regressão infinita! Segundo o quepodemos aprender sobre isso e segundo o pensamento de Darwin (seleção natural ) posso usando emprestado as palavras de Dawkins afirmar que, qualquer inteligência criativa, de complexidade suficiente para projetar qualquer coisa, só existe como produto final de um processo extenso de evolução gradativa. Inteligências criativas, por terem evoluído, necessariamente chegam mais tarde ao universo e, portanto, não podem ser responsáveis pela criação.

E quanto ao problema sério de regressao infinita gerado pela pergunta feita pelas criancinhas E quem criou Deus? Sera que os pedofilos da santa madre igreja saberiam dar a resposta ?

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Boeing 747 de Hoyle

O Boeing 747 de Hoyle: Rebatizado por Dawkins por o Boing 747 Definitivo, Fred Hoyle disse (através de sua colega Chandra Wicramasighe) que a rara oportunidade de a vida ter surgido na Terra não é maior que o acaso em se construir um Boeing 747 com as peças soltas de um ferro-velho após a passagem de um furacão.  A nossa existência como seres vivos e complexos são então de uma plausibilidade espúria! ver Mlodinow e o Andar do Bêbado!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

como a complexidade pode surgir de principios simples

A seleção natural nos concientiza do poder que a ciência tem para explicar como a complexidade organizada pode surgir de coisas muito simples sem necessidade de uma orientação ou de um criador. Segundo Daniel Dennet (citado em Dawkins) a evolução contraria uma das nossas idéias mais antigas: a idéia de que é necessária uma coisa superinteligente para fazer uma coisa menor. Dawkins chama a isso de a teoria de conta gota da criação: A teoria de Darwin contraria a nossa intuição porque vai de contra a nossa vivência do dia a dia. Voce nunca vai ver um vaso fazendo o ceramista ou a lança fazendo o fabricador de lança. A evolução Darwiniana destroi a nossa idéia do design na biologia e nos incita a desconfiar que isso tambem acontece no domínio da fisica e cosmologia.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

máquinas de sobrevivência de uma molecula egoista

Segundo Dawkins somos máquinas de sobrevivência a serviço unicamente dos genes . Estes possuem uma expectativa de vida não de décadas, mas de milhares de anos...
De forma brilhante e muito clara, usando metáforas elucidativas, Dawkins mostra que a teoria da evolução ou da seleção natural é muito mais abrangente e profunda do que Darwin pudesse imaginar. A descrição a seguir do livro de Dawkins mostra a forma com que um segmento de átomos definidos como a menor unidade de evolução to
rnouse hábil para construir todas as formas de vida nesse planeta, visando apenas a sua sobrevivência e a se tornar perpétua. Qualquer forma de vida, das mais simples às mais sofisticadas, como nós os seres humanos, são apenas receptáculos para abrigar e repassar adiante através da reprodução, o gene, de forma absolutamente inalterada. Depois essas maquinas (nossos corpos) são destruídas através do processo bastante conhecido por nós chamado velhice e morte. Essa unidade molecular escravagista possui uma dimensao mínina. É uma unidade de seleção natural e constitui junto a numerosas outras unidades idênticas o DNA. Ela é definida por Dawkins como gene, em seu livro Selfish Gene.

"Another aspect of the gene is that it does not grow senile: it is no more likely to die when it is a million year old than when it is only a hundred. It leaps from body to body after down the generations, manipulating body after body in its own way and for its own ends, abandoning a succession of mortal bodies before they sink in senility and death."

Alguem esta procurando um sentido para a vida?
Como fica o livre-arbítrio?

Seria oportuno projetar tudo o que se sabe da teoria da seleção natural para explicar também o surgimento do universo (universos ou multiverso).
Imagine um cenario onde uma populacao de universos com um numero finito de universos tendo em sua constituição outras centenas de universos nacendo e morrendo a cada instante, a lei da seleção natural tambem se aplicaria?




segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Em 1976 soube de Dawkins e somente apos 31 anos iniciei a leitura de Selfish Gene

O livro de dawkins desde que foi lançado a 31 anos atras tem facinado estudantes de biologia e estimulado o início de suas carreiras científicas. Eu soube do lançamento do livro e das controvérsias que o envolviam, ao ler um trecho de uma pagina de jornal quando voltava da praia nos tempos em que veraneava em Balneário de Camboriu. Naquele tempo, qualquer pedaço de papel espalhado pela casa eu lia e era ávido por novidades o tempo todo. Havia muita carencia de informações e sequer se preconizava a existência da internet. As informações e novidades acadêmicas vinham sempre com atraso e o acesso a bons livros era muito difícil. Porque somente agora depois de 31 anos e com pilhas de compromissos para serem fechados ate o final do ano ainda arrumei tempo na agenda para ler Dawkins? A idéia do gene egoísta sempre me atraiu a atenção mas foi a facilidade de ler qualquer coisa a qualquer lugar oferecido pela portabilidade que o e-reader me oferece alem de sua capacidade de memória para armazenar um número enorme de livros e textos sem contar ainda com a facilidade de acesso a volumes completos pela internet, que me fez iniciar mais essa leitura. Antes me obriguei a terminar de ler em versão não eletrônica, o Ultimo Teorema de Fermat do autor britânico Simon Singh.

domingo, 18 de novembro de 2007

Quantos de nos sabe o verdadeiro sentido da evolução? E as profundas implicações da mesma?

Richard Dawkings em seu livro Selfish Gene publicado em 1976 o qual estou iniciando a leitura do original em inglês colocou a seguinte questão bem na pagina inicial "Have they (our civilization) discovered evolution yet? Esta pergunta seria feita por criaturas superiores, supostos visitantes extraterrestres antes de abordar qualquer tema sobre a nossa civilização. Parece que para Dawkings e outros que conhecem profundamente a teoria da evolução e suas profundas implicações sobre a nossa existência, é algo de extrema importância. Para uma civilização isso representa um importante marco e segundo o zoologista G.G. Simpson esse marco profundo divide o nosso entendimento de como somos antes de 1859 e depois. Segundo Simpson a descoberta de Darwin e tão importante que qualquer questão sobre a nossa origem que era feita antes desse marco histórico deveria ser ignorado completamente. Hoje as duvidas que pairam sobre a teoria da evolução são as mesmas que pairam se a terra órbita o sol! Dawings acrescenta: "Os organismos vivos tem existido sobre a terra, sem sequer saber de o porque, por dezenas de milhares de anos antes de que a verdade final se revelou para apenas um deles. Esse ser iluminado se chama Charles Darwin!”A teoria da evolução biológica ainda não me dá respostas, pois o que procuro esta muito alem do entendimento de nossa existência biológica, mas fiquei surpreso ao tomar conhecimento através de trabalhos publicados por físicos de que como existem centenas de milhares de espécies, é possível que exista centena de milhares de universos que estao em constante processo de morte e nascimento, e que "pasmem"o processo evolucionário também ocorre no surgimento de novos universos. Seria a evolução cosmológica!

sábado, 17 de novembro de 2007

aulas de religião - episódios desagradáveis da história de Abraão

A história mais infame que se contava nas aulas de doutrina sobre Abraão e seu Deus era a do sacrifício de seu filho Isaac. Na minha casa havia um compêndio ilustrado do velho testamento e era um dos poucos livros disponíveis. Não é surpresa dizer que havia lido varias vezes. As ilustrações eram em forma de gravuras sem cores (tipo ilustração de catecismo, iguais aos de Zé Zéfiro não no tema, mas na forma como as gravuras eram feitas). As cenas mostravam certa crueldade naquele povo e aquela imagem do um menino Isaac amarrado junto a um molho de lenha sobre um altar de sacrifício entre outras gravuras aterrorizantes, foi um grande choque para a minha mente infantil. Tanto que mantenho vívida essas imagens até hoje na memória. Esse menino Isaac (as escrituras mulçumanas tambem contam a mesma história sobre Ismael outro filho de Abraão) seria sacrificado a mando de Deus, mas fiquei consolado ao saber que aquela faca assassina apontada para o peito do menino não fora usada pois Deus resolvera mudar de plano no último momento. Segundo as intrepretações, Deus estava pondo Abraão a prova apenas testando a sua fé. Uma criança nos nossos tempos ao passar por uma situação de tamanho terrror tomaria inúmeras sessões de terapia para se recuperar do trauma psicológico. Que Deus grotesco era esse? Usando as palavras de Dawkins " Essa história vergonhosa é ao mesmo tempo um exemplo de abuso infantil, intimidação em dois relacionamentos assimétricos de poder e o primeiro uso registrado da defesa de Nuremberg quando os Nazistas se defenderam dizendo: Eu só estava seguindo ordens". Nos tempos atuais o Ministério Público teria processado Abraão por maus-tratos contra menores.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

aulas de religião - O Deus abraâmico e historias de Jesus

Se ao menos a religião servisse para satisfazer a minha curiosidade sobre o universo, sobre a sua origem e sobre o nosso lugar nele eu já teria obtido a resposta para a minha questão primeva já nas aulas de religião. Na época essas aulas eram conhecidas como aula de catecismo ou doutrina religiosa. O catecismo era um livro usado nessas aulas com gravuras em preto e branco ilustrando o conteúdo. Mais tarde na minha adolecencia conheci outra forma de catecismo, os de Zé Zéfiro, para a minha alegria de de toda a molecada da minha idade. Sobre as aulas de doutrina religiosa no meu tempo de criança, essas eram proferidas por freiras e padres. Algumas dessas aulas discorriam sobre apavorantes histórias de pecadores condenados ao eterno fogo do inferno. O meu cérebro de criança deveria aceitar quase tudo o que era doutrinado dentro do espírito que o orador almejava pois era difícil não acreditar nas histórias, pois vinha de um adulto que tinha autoridade e eram proferidas de forma contundente. Mas quanto mais eu ouvia e via mais confuso ficaca e aquilo definitivamente não fora feito para mim e havia muito esquisitice naquelas narrações. Eu ficava refletindo sobre tudo o que me era passado e as coisas não fechavam. Não havia lógica! Pior do que as inconsistências eram as mensagens conflitantes. A imagem de Deus que me passaram era a das piores possíveis. Era a do Deus de Moisés, que usando palavras de Thomas Jefferson (fonte do Deus um delírio) era um ser de caráter terrível, cruel vingativo, caprichoso e injusto. Moisés é o fundador doutrinário do judaísmo e das religiões que derivaram dele. Falarei depois do episódio do bezerro de ouro que esta vívido em minha memória até hoje. Falarei disso talvez em mais de uma postagem. Porem, o deus mais desagradável que me fora apresentado nessas aulas, era o Deus de Abrão, o patriarca original de todas as três religiões monoteístas. Esse senhor de barbas, ficava sentado sobre uma nuvem cercado de anjos Arcanjos, Serafins, Querubins e outros puxa sacos. Ele tinha uma obsessão mórbida por restrições sexuais, era misógino, sanguinário, ciumento e excessivamente adepto ao nepotismo. A cena mais apavorante naquelas aulas de doutrinação era a de um menino amarrado envolto em galhos secos sobre uma pira de pedra que servia de altar de sacrifício pronto a ser imolado por seu pai a mando desse infanticida de longas barbas ( sempre representado sentado em uma nuvem com dedo em riste). Falarei mais disso em outra oportunidade. No novo testamento, surgiu então um ser efeminado, manso e suave que fora conduzido ao martírio mais terrível que um ser humano possa suportar a crucifixão. Todos os anos na véspera da páscoa era aquela agonia, ter de ouvir em silêncio aquela mesma historia de dor, sofrimento, tortura, morte e sangue. O mais difícil ainda de ser aceito era o conselho que nos era passado: todas as crianças cristãs devem ser calmas, obedientes, boas como ele (Jesus). Definitivamente aquilo não era para mim! Me chocavae continuo a me chocar vendo as pessoas se ornando pendurando aos seus pescoços por uma corrente a mais cruel ferramenta de tortura que existe sobre a face da terra. Essas pessoas só podiam estar delirando! Como é possível perceber, as aulas de religião jamais conseguiram satisfazer as minhas dúvidas sobre a nossa existencia e foram na verdade fonte de grande confusão mental, até que alguem me disse "É apenas uma alegoria, uma forma de ensinar as pessoas simples as coisas complexas da vida". Pode ser que seja assim, mas porque a igreja com tanto poder e dinheiro não procurou usar de recursos didáticos para ensinar a verdade? Porque enganar as pessoas desse jeito ensiando de forma desonesta coisas que não fazem sentido nenhum? Foi então que me ancorei na ciência onde passei a depositar as minhas esperanças de poder obter a verdade. Hoje tenho plena convicção de que tomei o caminho certo.

domingo, 11 de novembro de 2007

O mistério é...

... porque qualquer coisa existe. Porque a existencia é preferencial ao nada. Quem veio primeiro, a existência ou o nada?

sábado, 10 de novembro de 2007

Quantos universos existem nos átomos do meu corpo?

Hoje terminei de ler o artigo de David Bohm intitulado "A new theory of the relationship of mind and matter" Philosophical Psycology, vol 3 (2) 271-286, 1990. No artigo Bohm cita fatos curiosos conhecidos da física e que já foram de meu conhecimento durante a leitura de diversos livros sobre cosmologia. Segundo sua descrição, "atualmetne a menor distância que já foi medida em física são as distâncias na escala de 10^-16 cm ou uma unidade precedida de dezesseis zeros. Algo muito pequeno! Talvez o nosso pensamento não caiba lá dentro! Por outro lado, a menor distância prevista na fisica teórica é a da ordem de 10-33cm, o chamado comprimento de Planck. Algo inimaginável! Nessa escala, os conceitos de espaço, tempo e matéria mudam radicalmente segundo o entender da física contemporânea. Entre as grandezas de 10 -16 até 10 -33cm existe um fator de 17 ordens de grandeza, o qual é aproximadamente o mesmo que entre 10 -16cm e as distancias macroscópicas (da ordem de 10 cm). Entre 10cm e 10-16 cm há espaço para uma enorme possibilidade de estruturas. Um universo de possibilidades existem dentre dessa ordem de grandeza. Se cogita haver uma enorme possibilidade de haja estruturas com inteligência entre 10 -16 cm e 10 -33cm e quem sabe alem disso. Bohm cogita que possa haver estruturas complexas mesmo a distâncias tão curtas como 10-33cm". Interessante acrescentar as sugestões de David Bohn de que há consciência dentro dessas dimensões. As partículas (o elétron) poderiam ter em sua constituição certa estrutura complexa a ponto de conferir certa consciência e inteligência. Haveria então um número finito de universos microscópicos dentro da matéria? Haveria um número finito de existências dentro dos átomos que compõem os nossos corpos, as rochas e toda a matéria? Quando Eu era criança achava que isso era possível, depois desisti de pensar nessas coisas, achando que era bobagem ou algum devaneio de um irrequieto DDA sonhador. Me alegra saber que essa idéia possui forte base cientifica e agora pode reacender em minha mente (inspirado agora por um físico matematico de grande prestígio). O mais fantástico é que experimentos usando fotons e elétrons conduzidos em laboratório comprovam essas suspeitas. Parece que o elétron ou o fóton já "sabem" de antemão o que lhes espera ao passar por um arranjo experimental e entao se comportam como se fossem ondas ou partículas dependendo do que o experimentador (observador) planejou medir.


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Bootstrapping

O Bootstrapping é como se alguem pudesse se auto suspender (se levantar) totalmente do chão puxando com suas mãos os laços de seu proprios sapatos e pudesse se manter suspenso como se levitando! largando o laço, cairia no chão. Algo difícil de se acreditar! A noção do Bootstrapping da qual fui adepto por algum tempo, e que tomei conhecimento lendo o livro de Fritjof Capra - The Tao of Physics - quando usado como conceito para o entendimento da existência, basea-se na idéia de que a existência ( a realidade) se autosustenta e persiste através de um ciclo de interações fechado e autosustentado. Seria como se a realidade complexa fosse construída sobre nenhum fundamento ou sobre fundamentos muito simples. A teoria das cordas deu um chega pra lá nessa hipótese que esteve muito em voga nos anos 60 e 70 no círculo dos físicos da partículas. O problema da noção do bootstrapping é que êle só é satisfeito se a não existência ficar de "fora" do ciclo de interação entre todas as coisas materiais ( o que os físicos chamam de partículas) para que por definição se permita a existência relativa. Na verdade, o bootstrapping simplesmente remove a contradicao aparente entre a existência e não existência, todavia não a elimina. Como algo pode surgir do nada? Nesse contexto, a não existência tambem seria parte da realidade e o bootstrapping não se sustentaria! Parece coisa de louco, mas foi isso que li hoje em um Blog. Tem mais coisas nesse Blog que foram colocadas de forma muito clara mas que não posso concordar de todo.
A não existencia que Eu experienciava naqueles momentos efêmeros parece ser outra coisa! Amanhã escreverei mais....
Sobre o livro de Capra (O tao da Física), este Eu li em um voo do Rio para Frankurt em fevereiro de 1989. Na época achei bastante interessante algumas colocações de Capra e aquilo mudou a maneira como Eu poderia perceber a existência e a nossa noção de realidade. Havia um capítulo onde Capra usava algumas ilustrações para mostrar como o nosso cérebro percebe a realidade. Algo parecido é usado de forma elegante nas paginas iniciais do livro O fenótipo estendido (The extended Phenotype) de Richard Dawkins, quando recorre à metáfora do cubo de Necker para mostrar como podemos venxergar a mesma coisa por uma diferente maneira. A nossa percepção de realidade é algo que devemos trabalhar muito se o objetivo é conhecer a verdade primeva!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Não existe nenhuma lei que obriga a existência do universo e o que me surpreende é perceber que o mesmo vale também para o vazio.

Assim como também não existe nenuma lei que obriga a manifestação da sua não existência.

Deve haver algo muito forte e misterioso que subjaz a existência e a não existência já que ambos não tem por obrigação a nos dar o ar de sua graça.

Eu continuo a acreditar fortemente nisso. Talvez Leibniz tenha mesmo chegado perto disso!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Counterfeit world

Bem que ontem Eu estava insinuando que a nossa existência e o próprio universo não passariam de um ambiente desenhado por seres aparte de nossa existência, talvez de uma outra dimensão para monitorar o comportamento dos seres vivos em nosso universo. Daniel F. Galouye em sua obra de ficção científica entitulada Mundo simulado (Counterfeit world) sugere que vivemos numa simulação de computador, criada por alguma civilização muito superior. Confesso que já tive por diversos momentos essa sensação. Não vejo como descartar essa hipótese. Talvez isso possa estar mesmo ocorrendo! Mas não tem como prosseguir nessa hipótese pois os seres responsáveis por esse experimento mesmo que habitassem outras dimensões ou outros universos, teriam que vir de algum lugar, teriam de ser criados por algum Deus ou surgido de um processo evolutivo de seleção natural tipo Darwiniana. Ser criado por um Deus também gera o mesmo problema, pois surge a pergunta: quem foi que o criou? Resta então a seleção natural como explicação. Voce pode achar que somos cobaias de algum experimento e É divertido pensar assim, mas é apenas divertido nada mais! Voce percebe logo que a resposta a questão primeva não lhe foi dada.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Porque as coisas existem preferencialmente ao nada?

Hoje o meu "emotional feeling" mudou. Até acho que ontem fui muito cruel no tratamento dado ao Universo, fazendo a tradução daquela maneira. Mas veja bem, quanta crueldade a existência tem nos oferecido. Às vezes me acordo pensando em todas as formas de crueldade possíveis e me assusto com isso. Por outro lado quanta graça tem nos proporcionado a existência! Mas não abro mão da resposta! Ate por que acho muito cruel estar existindo nesta existência sem saber porque!

Sem mudar o foco do mistério, aquele que me segue desde menino e que é o objeto desse blog, gostaria de formular a questão novamente, mas em inglês, reproduzindo o questionamento de Willian James:

“Why is there something, rather than nothing”? Será que ele também contemplava as montanhas em dias chuvosos e experienciava os mesmos momentos efêmeros e misteriosos?

Vou reproduzir mais um texto desse autor novaiorkino considerado um dos fundadores do pragmatismo...

“The unrest which keeps the never-stopping clock of metaphysics going is the thought that the non-existence of the world is just as possible as its existence”

Gosto de ler isso! Parece que expressa algo que chega perto do mistério revelado por minha experiência...

Em sua publicação A Vontade de crer e outros ensaios sobre filosofia popular (1897) William James questionou a existência de Deus, a imortalidade da alma, o livre-arbítrio e os valores éticos. Gosto desses tipos! Eu hoje me atreveria a ir alem e questionar o fato de se em nossa fugaz existência não estamos sendo tolos cobaias de “algo consciente” e “dotado de meios tecnologicamente superior a qualquer coisa imaginável” mesmo para o autor de “Parallel Worlds” e Hiperespaço” o brilhante Michio Kaku, também novaiorkino? Não estou falando de Deus! Falarei mais sobre trechos do livro "Parallel Worlds – A Journey Through Creation, Higher Dimensions, and The Future of the Cosmos” que hoje terminei de ler na esteira no final do meu treinamento no Gym. Ler o livro de Michio Kaku, correndo na esteira, alivia minha alma da enorme chatice de ficar movendo as pernas sem sair do lugar. Apesar das cinco telas planas sintonizadas em canais diversos e postados na frente das esteiras alem do visual do outro lado da rua, foi na telinha de cristal liquido do “Reader” que encontrei o grande deleite desse final de tarde, e passou despercebido os 2 Km em 30 minutos de caminhada virtual.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

traducao do poema anterior com base em meus "emotional feelings" do dia

Um homen disse ao universo:
"Senhor, Eu existo!"
Respondeu o Universo,
"FODA-SE!"

domingo, 4 de novembro de 2007

O poema de Stephen Crane me inspira a continuar na busca

A man said to the universe:
"Sir, I exist!"
"However," replied the universe,
"The fact has not created in me
A sense of obligation"

sábado, 3 de novembro de 2007

Tudo começou quando ainda era menino e olhava para as montanhas através da janela da casa de meus pais

O tempo nublado e chuvoso e a visão de uma montanha me conduziam a um estado diferente de consciência. Isso se dava na forma de um mergulho para dentro das profundezas de minha mente culminando com um terrível conflito. Isso porque o nada e a existência surgiam lado a lado desafiando o meu senso de realidade. Era como se o nada aparentemente possuindo elementos para dar inicio a realidade não tivesse obrigação para com isso. Estranho né! Era como se o senso de realidade tivesse que ocorrer numa seqüência causal, com o vazio precedendo a realidade. Mas como a realidade, o vazio também não tem obrigação em se manifestar. Para complicar surgia o problema da regressão infinita, e antes do vazio, haveria outra coisa? o que (ou quem) o havia criado? Então um estado alterado de consciência e de duração efêmera tomava conta de mim e dos meus pensamentos até que subitamente Eu retornava a realidade. Ficava na memória apenas uma tênue lembrança de algo misterioso que Eu sentia. Parecia que havia mergulhado em uma terrível contradição e que tanto o meu cérebro como a minha consciência eram incapazes de lidar. Parecia que tanto o nada como a realidade não tinham consistência e que algo mais profundo subjaz aos dois. Neste estado alterado de consciência a existência não fazia sentido para mim, mas o nada absoluto também não. Muita gente interpretaria esse estado como um chamado divino ou então diriam que tiveram uma visão ou um chamado de Deus. Quantos que ao contrario de meu comportamento seguiram o caminho religioso após essas visoões ou momentos? Eu nunca fui chegado a acreditar em coisas divinas e segui o caminho científico e hoje estou cem por sento convencido que tomei a mais acertada de todas as decisõe de minha vida. Agora pretendo discorrer sobre essas questões difícies sobre a nossa existência, de forma bastante recorrente nas muitas postagens que farei nesse blog, analisando o lado científico, religioso e filosófico. Na semana passada mergulhei novamente nesse estado quando estava sentado em um trapiche na lagoa da conceição olhando para montanhas em dia nublado e chuvoso. Então consegui me manter nesse mergulho por mais tempo. Todavia ainda não consigo expressar por palavras esse estado. A apresentação das coisas subjetivas em formas literais ou alegóricas é uma arte difícil e requer torções perspicazes no uso das palavras das quais sou incapaz de produzir. Tenho feito progresso em encontrar frases de iluminados pensadores da qual Leibniz é um exemplo quando sintetizou algo parecido ao questionar " Porque a existência é preferível ao nada?" Eu iria mais longe indagando E porque o nada seria primevo? e assim como uma criancinha pergunta em sala de aula, e quem criou Deus?, eu estaria gerando uma dificílima questão de regressão infinita.
Hoje percebo que “Existe algo subjacente não só a existência mas também ao nada” e acho que não poderemos nos libertar da questão da regressão infinita a não ser que criemos uma nova forma de pensar a realidade. Estou à procura de metáforas que pudessem revelar esse mistério. Enquanto isso tenho devorado diversos livros sobre Cosmologia escritos por físicos e matemáticos brilhantes. A teoria da evolução de Darwin também desempenha um importante papel, se não o principal e me apraz muito a ideia de usar a seleção natural para explicar o universo. Mas para isso devemos assumir a existencia de uma multidude de universos competindo entre si. Voltando a origem de tudo isso, a existência ou não de Deus é o primeiro passo a ser resolvido e creio que já refleti e li muito sobre essa questão para me dar conta que não é por esse caminho que devo trilhar. Assim tenho devotado bastante tempo lendo sobre cosmologia cósmica, mas também sobre o que cientistas brilhantes pensam de Deus. É do que tenho lido nesses livros e do progresso que tenho feito nessa incessante busca que pretendo me ocupar nesse blog. Talvez até o momento o mais alentador é a afirmação de Stephen Hawking de que o universo é como a superfície de uma esfera onde não há um início e um fim. Sugiro aos leitores que se exercitem mentalmente procurando na superfície de uma esfera encontrar um inicio e um fim a exemplo do que fariam com uma linha, e reflitam sobre isso!