O Bootstrapping é como se alguem pudesse se auto suspender (se levantar) totalmente do chão puxando com suas mãos os laços de seu proprios sapatos e pudesse se manter suspenso como se levitando! largando o laço, cairia no chão. Algo difícil de se acreditar! A noção do Bootstrapping da qual fui adepto por algum tempo, e que tomei conhecimento lendo o livro de Fritjof Capra - The Tao of Physics - quando usado como conceito para o entendimento da existência, basea-se na idéia de que a existência ( a realidade) se autosustenta e persiste através de um ciclo de interações fechado e autosustentado. Seria como se a realidade complexa fosse construída sobre nenhum fundamento ou sobre fundamentos muito simples. A teoria das cordas deu um chega pra lá nessa hipótese que esteve muito em voga nos anos 60 e 70 no círculo dos físicos da partículas. O problema da noção do bootstrapping é que êle só é satisfeito se a não existência ficar de "fora" do ciclo de interação entre todas as coisas materiais ( o que os físicos chamam de partículas) para que por definição se permita a existência relativa. Na verdade, o bootstrapping simplesmente remove a contradicao aparente entre a existência e não existência, todavia não a elimina. Como algo pode surgir do nada? Nesse contexto, a não existência tambem seria parte da realidade e o bootstrapping não se sustentaria! Parece coisa de louco, mas foi isso que li hoje em um Blog. Tem mais coisas nesse Blog que foram colocadas de forma muito clara mas que não posso concordar de todo.
A não existencia que Eu experienciava naqueles momentos efêmeros parece ser outra coisa! Amanhã escreverei mais....
Sobre o livro de Capra (O tao da Física), este Eu li em um voo do Rio para Frankurt em fevereiro de 1989. Na época achei bastante interessante algumas colocações de Capra e aquilo mudou a maneira como Eu poderia perceber a existência e a nossa noção de realidade. Havia um capítulo onde Capra usava algumas ilustrações para mostrar como o nosso cérebro percebe a realidade. Algo parecido é usado de forma elegante nas paginas iniciais do livro O fenótipo estendido (The extended Phenotype) de Richard Dawkins, quando recorre à metáfora do cubo de Necker para mostrar como podemos venxergar a mesma coisa por uma diferente maneira. A nossa percepção de realidade é algo que devemos trabalhar muito se o objetivo é conhecer a verdade primeva!
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
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